Assembleia aprova paralisação no dia 18 de março

A assembleia do Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria desta quarta-feira (11) decidiu pela adesão à Greve Geral da Educação marcada para o dia 18 de março. A proposta de paralisação aprovada tem dois momentos, com pauta local pela manhã e a integração aos demais movimentos sociais pela tarde. A concentração em ambos os turnos acontece na Praça Saldanha Marinho.

Às 9 horas, os professores municipais deflagram a campanha salarial de 2020. O magistério reivindica índice semelhante ao reajuste do piso nacional: 12,84%. A data-base para a reposição salarial do funcionalismo é março e a administração municipal ainda não abriu negociação com as categorias. A coordenação do Sinprosm solicitou em 20 de fevereiro reunião com o prefeito Jorge Pozzobom com esta finalidade, mas ainda não obteve resposta. “Tudo que conquistamos até aqui é resultado da luta e mobilização dos professores. Não foi boa vontade de nenhum patrão”, recorda a coordenadora de Organização e Patrimônio, Martha Najar.

Pela tarde, a Greve Geral da Educação Pública, convocada nacionalmente pelas centrais sindicais, luta pela continuidade do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação e a ampliação de recursos para o setor. A coordenadora de Comunicação e Formação Sindical Celma Pietczak relatou o andamento no Congresso Nacional das propostas que recriam, renovam ou modificam o Fundo, ressaltando a importância da atenção redobrada nas ideias que pretendem desvirtuá-lo. “Mas afinal, que Fundeb queremos? Queremos o Fundeb que qualifique a escola pública”.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Durante a tarde, um grupo de professores próximos da aposentadoria procurou a coordenação sindical com o objetivo de participar da elaboração do anteprojeto de lei que visa minimizar as perdas decorrentes da Emenda Constitucional 103. IPASSP-SM e Prefeitura discutem a possibilidade da criação uma regra de transição local para o artigo que veda a incorporação de benefícios temporários foi relatada na plenária da última quinta-feira (5) pelo gerente previdenciário do instituto, Adriano Porto. O Sinprosm ocupa dois assentos no conselho de administração do IPASSP-SM.

A assembleia aprovou a criação da comissão, com membros da coordenação e do grupo. “Colegas que contribuíram por 20 anos perderam até 60% dos seus salários restando dias ou meses para completarem os requisitos para a aposentadoria. Não é justo”, ressaltou a coordenadora Martha Najar.

FORMAÇÃO SINDICAL

Celma Pietczak informou sobre o início de uma jornada de formação sindical no Sinprosm. Os encontros mensais acontecerão em sábados não letivos pela manhã, com temas pontuais. O primeiro ocorrerá em 28 de março, às 9 horas, na sede do sindicato, sobre Mulheres e Sindicalismo. “O sindicato é espaço de reivindicação de direitos, mas também de ampliar os conhecimentos sobre a luta sindical e os nossos direitos”, afirma.

APOSENTADAS

A coordenadora de professoras aposentadas, Vera do Monte, anunciou a realização da segunda edição do Encontro de Professoras Aposentadas. O evento acontecerá em maio, em data a ser definida, com palestras e atividades de integração. “No ano passado o encontro teve bastante aceitação e já estamos definindo a programação”, adiantou.

JURÍDICO

A assessoria jurídica estará mais próxima dos professores durante o ano. A coordenadora de Finanças, Juliana Moreira, explicou que a dinâmica de atendimento será diferente, com a realização de reuniões quinzenais nas escolas, alternando com os plantões semanais no sindicato. Os profissionais da Wagner Advogados Associados atendem os associados às terças-feiras, entre 14 e 17 horas. “Queremos facilitar o acesso. Sabemos que muitos colegas da ativa não conseguem vir ao sindicato durante a tarde por estarem em seu horário de trabalho”, justificou. A visita às escolas deverá ser agendada junto à coordenação.

Texto e fotos: Paulo André Dutra/Sinprosm

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