Uma das reivindicações do Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria na mobilização da última terça-feira (12) voltou a ser debatido. O grupo de trabalho para discutir a aplicação da Lei do Piso Nacional do Magistério na questão da distribuição da carga horária começou a reunir-se na Secretaria Municipal da Educação na manhã desta quinta-feira (14).

Conforme a Lei do Piso Nacional do Magistério, a carga horária dos professores deve ser distribuída em 2/3 frente ao aluno e 1/3 em atividades extraclasse, de forma que o profissional tenha condições de planejar, discutir, pesquisar e participar de formações.

A formação foi anunciada pela SMEd no dia 27 de abril, seguindo determinação do prefeito na reunião com a coordenação do Sinprosm em 3 de abril. Porém, até então, não havia sido efetivado. O grupo é formado pelo Sinprosm, SMEd, Conselho Municipal de Educação e as direções da EMEI Luiza Ungaretti e da EMEF Martinho Lutero, escolhidas em sorteio. Os encontros serão mensais e com pauta pré-estabelecida.

A coordenadora de Finanças do Sinprosm, Juliana Moreira, que atua como coordenadora pedagógica na EMEI Luizinho de Grandi, contextualizou a situação crítica enfrentada pelas escolas de educação infantil, as mais prejudicadas pela inexistência do período de planejamento. “Temos muita cobrança pela falta de espaço para trocar experiências, sem ser aquela conversa superficial”. As demais professoras também apresentaram suas preocupações e condições atuais de suas escolas, todas sem carga horária em conformidade com a legislação.

A coordenadora de Organização e Patrimônio do Sinprosm, Martha Najar, ponderou que a posição da entidade é de defender que a lei seja cumprida, mas com a responsabilidade de observar em como vai refletir na qualidade do ensino. “Temos que pensar em como vai ser feito dentro das escolas, de que forma vão se organizar, quem vai fazer. O professor precisa ter perfil para a função”, afirma.