Diário de SM: Paralisação dos professores municipais tem adesão de mais 50% das escolas

Seguindo o calendário de mobilizações definido na assembleia do Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (Sinprosm), em 19 de abril, a categoria paralisou nesta terça-feira (09). A concentração começou às 9h na Praça do Fórum, no Bairro Nossa Senhora das Dores, próximo à sede da Secretaria Municipal de Educação (Smed), até as 11h. O ato é pela reivindicação do reajuste emergencial de 14,95%, em relação ao plano de carreira e jornada de trabalho com a reserva de um terço da carga-horária para hora-atividade. Segundo representante do Sinprosm, nesta paralisação, mais de 50% das escolas aderiram.

O Sinprosm busca a equiparação do piso nacional ao salário básico da categoria, atualmente defasado em 60%. Emergencialmente, o reajuste reivindicado é de 14,95%. A data para que houvesse o ajuste do funcionalismo municipal em Santa Maria era, comumente, em março. Em abril, a prefeitura anunciou que o governo só determinará a revisão salarial em junho, quando estarão fechadas as contas do quadrimestre fiscal.

​Professores no ato pela reivindicação salarial

Conforme a coordenadora de organização e patrimônio do Sinprosm, Juliana Moreira, 46 anos, as paralisações que já vêm ocorrendo são para reivindicar o reajuste do magistério municipal na carreira.

– O índice de 14,95% é definido pela Lei do Piso Nacional, uma lei federal. E também lutamos pelo terço da hora atividade, que é dentro da jornada do professor, para revisões didáticas, avaliações e reuniões pedagógicas. Todo ano ao invés da data base, o poder público joga para o segundo semestre o reajuste, e por isso, temos perdas salariais.

A Lei do Piso Nacional trata, além da questão salarial, da distribuição da carga-horária dos professores. A jornada de trabalho deve ser dois terços dedicada à sala de aula, na interação com alunos, e um terço reservada para atividades extraclasse, como planejamento, formações pedagógicas, reuniões, atendimento a famílias, correção de avaliações.

Na assembleia da categoria, em 19 abril, foram tiradas três paralisações ao total. A primeira ocorreu em 26 de abril, a segunda nesta terça-feira (09) e a próxima é em 25 de maio.