Por Redação do Diário. Foto: Natália Schneider

Professores da rede municipal de Santa Maria paralisaram as atividades nesta quarta-feira (26) a fim de chamar atenção para as suas reivindicações salariais e de carga horária – esta atividade também faz parte do calendário nacional de greve. Conforme Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (Sinprosm), 70% das escolas no município fecharam total ou parcialmente. No período da tarde, docentes se reuniram em ato na Praça Saldanha Marinho para ampliar o diálogo com a sociedade. A depender das decisões da prefeitura, o sindicato não descarta a opção de greve até junho.

Essa é a primeira das três datas anunciadas de mobilização em busca do reajuste salarial e do pagamento da jornada de trabalho por hora-atividade. As próximas serão nos dias 9 e 25 de maio. Para o coordenador de Comunicação e Formação Sindical, Rafael Torres, a escolha da prefeitura em analisar um possível ajuste de salário somente em junho foi uma tentativa de esfriar a categoria.

– Como podemos chegar lá em junho e realmente receber uma proposta que seja positiva para a categoria, ou até não haver nenhuma proposta, não se descarta a greve. Ainda que seja o último instrumento para alcançar nossos objetivos.

Objetivos

O Sinprosm busca a equiparação do piso nacional ao salário básico da categoria, atualmente defasado em 60%. Emergencialmente, o reajuste reivindicado é de 14,95%. A data para que houvesse o ajuste do funcionalismo municipal em Santa Maria era, comumente, em março. Na última semana, a prefeitura anunciou que  o governo só determinará a revisão salarial em junho, quando estarão fechadas as contas do quadrimestre fiscal.

A distribuição da carga-horária com respeito à Lei do Piso Nacional, garantindo o direito à hora-atividade, também está na pauta de reivindicações.Na descrição de Rafael, dois terços da carga horária dos professores deve ser destinada a atividades frente aluno, e o restante ao planejamento 33% da carga horária.