Não é só mais um ataque

Não há palavras para definir o que aconteceu na manhã desta quarta-feira (5) em Blumenau. Como não houve no dia 27 de março, quando uma professora de 71 anos foi morta por um aluno em São Paulo (SP). Ou em novembro, em Aracruz (ES), com três mortos e 13 feridos. Já são 25 ataques a escolas brasileiras desde 2001; 14 apenas nos últimos dois anos.

Antes de tudo, os professores de Santa Maria se solidarizam com a dor das famílias envolvidas. E, em seguida, queremos respostas para as muitas perguntas. Como chegamos neste ponto? O que os governos, lideranças políticas, universidades, instituições que pensam e atuam na educação estão de fato fazendo para interromper a escalada? Como pode a escola pública se defender?

Nós, educadores e educadoras, estamos no olho do furacão em um problema que não é necessariamente (e apenas) da escola. É na sociedade. No discurso de ódio, no incentivo à violência, na desumanização das relações.

Precisamos reagir enquanto sociedade. A escola também é vítima.