Prefeitura propõe reajuste para o magistério abaixo do piso nacional
O executivo anunciou, na noite da última segunda-feira (17), o encaminhamento de projeto de lei propondo apenas 6,29% de reposição salarial aos servidores municipais. O projeto será encaminhado nesta terça-feira (18) à Câmara de Vereadores para análise e aprovação dos parlamentares. De acordo com a prefeitura, a reposição contemplará mais de 5600 servidores (3538 ativos e 2092 aposentados). Desses, 2.628 são da categoria dos professores municipais (1525 da ativa e 1103 aposentados).
O Sindicato dos Professores Municipais (Sinprosm) considera que essa proposta não atende à demanda da categoria. Em reunião realizada com o executivo no dia 7 de abril, representantes do sindicato debateram sobre a questão do piso salarial com o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) e representantes do executivo municipal. A categoria dos professores municipais reivindicava 15% de reajuste como equiparação ao piso nacional do Magistério. Assim, com o índice anunciado (6,29%), ainda restam 8,2% de passivo para equiparar o piso ao valor nacional.
O coordenador de comunicação sindical do Sinprosm, Paulo Merten, afirma que o próximo passo será uma solicitação de audiência com o prefeito. “O objetivo é saber como o prefeito pretende cumprir o compromisso firmado ainda durante sua candidatura. Queremos ouvir da parte da prefeitura como está o planejamento para a integralização do piso dos professores”, afirma Merten. A promessa firmada pelo prefeito Jorge Pozzobom (PSDB), ainda durante sua campanha, consistia em formar uma comissão junto aos professores com o objetivo de estudar a implementação do pagamento do piso à categoria. O sindicato aguarda do executivo os prazos para o cumprimento dessa demanda.
Além da questão do piso, os professores esperam da prefeitura uma resposta a respeito do reajuste do valor no vale-alimentação (defasado desde 2014). Ainda há uma grande expectativa da categoria para a solução das reuniões pedagógicas e do planejamento docente. O sindicato também reivindica agilidade ao executivo na questão do plano de saúde dos servidores municipais (no momento, o sindicato compõe com uma representação a Comissão de Saúde que está tratando dessa questão).
Greve Geral – O mês de abril abriga uma série de lutas da categoria pela asseguração de direitos dos trabalhadores. No último dia 12, os professores municipais pressionaram a prefeitura por uma resposta ao reajuste salarial, ao plano de saúde e às demais pautas da categoria com ato em frente ao centro administrativo nos turnos da manhã e da tarde. No próximo dia 28 de abril, uma greve geral implicará em paralisações por todo o Brasil. Em Santa Maria não será diferente: a greve geral vai paralisar setores pela cidade e culminará em um ato na Praça Saldanha Marinho para demonstrar ao governo o repúdio às reformas da previdência e trabalhista em curso hoje.