Professores municipais participam de mais uma greve geral para barrar as contrarreformas

Milhares de trabalhadoras e trabalhadores foram às ruas novamente em mais uma greve geral em todo o país. Nesta sexta-feira, 30 de junho, barricadas, manifestações a ações de protesto ocorreram em diversas cidades brasileiras. Em Santa Maria, não foi diferente. Centenas de manifestantes se organizaram desde o começo da manhã até o início da noite para reivindicar a saída de Michel Temer (PMDB) do governo e a revogada das contrarreformas trabalhista e da previdência. No começo da manhã, manifestantes se posicionaram em frente às empresas Gabardo (Vila Oliveira) e Medianeira (bairro Patronato), evitando a circulação da frota de ônibus. Também houve o trancamento das BRs 158 e 287, além do arco de entrada, na rótula da Avenida Roraima, entrada da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Somente os casos de urgência (os atendimentos no Husm) foram liberados a passar pela entrada da universidade.

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Parte do grupo de professores que participaram da manifestação desta sexta (30)

No meio da tarde, por volta das 16h, os manifestantes começaram a se concentrar na Praça Saldanha Marinho, organizando nova manifestação para percorrer o centro da cidade ao final do horário do comércio. O Sinprosm consultou as escolas sobre a greve geral desta sexta-feira (30) e cerca de 70% das unidades escolares paralisaram total ou parcialmente. Durante todo o ato, que transcorreu até o começo da noite de hoje, a categoria se fez presente de forma significativa, carregando as bandeiras do sindicato e demonstrando unidade na luta. A professora Lúcia Vieira, diretora da escola municipal Miguel Beltrame, afirmou em depoimento para a assessoria do sindicato que a presença dos professores na manifestação é mostrar aos alunos e à juventude a importância de protestar pelos direitos, deixando um legado. “Acho que tudo que é decidido parece não ter a participação do povo, mas agora o povo mostra que participa dizendo não!”, também acrescentou a professora. O professor Paulo Merten, durante a organização do ato, também se manifestou relembrando de outros momentos nos quais os trabalhadores estiveram nas ruas para barrar as contrarreformas (a exemplo da última greve geral ocorrida no país em 28 de abril deste ano). Merten também salientou que “é preciso derrotar as contrarreformas no Congresso, mas, que é fundamentalmente das ruas que virá a força para derrotá-las”.

Ao final da tarde, o ato percorreu as ruas centrais de Santa Maria, passando pela Avenida Rio Branco, Rua do Acampamento, Riachuelo e retornando novamente à Praça para sua finalização. Durante a manifestação, gritos de repúdio ao governo de Temer, a exigência de sua renúncia da presidência e o repúdio às contrarreformas e aos ataques aos direitos trabalhistas. Mais uma vez os professores municipais integraram a manifestação demonstrando que somente com muita luta poderemos garantir educação de qualidade e direitos trabalhistas para todos.

 

Confira clicando aqui um albúm de fotos da manifestação.

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