Mais de 90% dos professores paralisados no 1º de abril, informa o Sinprosm

1º de abril será o dia da verdade para os servidores públicos municipais de Santa Maria. Os professores municipais, liderados pelo Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria, e os diferentes grupos de servidores do quadro de carreira do município, ligados ao Sindicato dos Municipários de Santa Maria, tomarão a Praça Saldanha Marinho em defesa dos seus direitos nas reformas previdenciária e administrativa em formatação pelo governo Decimo/Madruga. O Fórum de Lutas em Defesa dos Serviços Públicos, composto pelos dois sindicatos, associações de categorias e agentes políticos, participa como apoiador, bem como diretórios acadêmicos de estudantes da área de educação da Universidade Federal de Santa Maria e movimentos sociais.

O levantamento da entidade indica adesão superior a 90% de professores, com praticamente 100% das escolas paralisadas total ou parcialmente. “Teremos um dia histórico. Antes de tudo, este ato demonstra que não aceitaremos passivamente o que o governo estiver propondo. Será o recado de que estamos fortes, unidos e mobilizados para lutar pelo o que é justo”, destaca a coordenadora de Comunicação e Formação Sindical do Sinprosm, Celma Pietczak.

Além da garantia de direitos, o sindicato tem como pauta o pagamento do piso nacional da categoria, melhoria nas condições de trabalho nas escolas, contra a sobrecarga sobre gestões e regentes, falta de estagiários da educação infantil e monitores para alunos incluídos, falta de docentes regentes e de planejamento e a priorização da nomeação de professores de carreira para atender a demanda.

PROGRAMAÇÃO

Pela manhã do dia 1º, a concentração na Praça Saldanha Marinho começa às 9 horas, com início do ato às 9h30. O movimento se deslocará em caminhada pela Rua Venâncio Aires até o Centro Administrativo Municipal, com parada em frente ao prédio onde funciona o Instituto de Previdência dos Servidores (Ipassp-SM). No mesmo dia, às 14h30, uma nova concentração ocorre em frente à Câmara de Vereadores.

A administração municipal condiciona a recomposição salarial do funcionalismo, incluindo os professores, à aprovação de uma reforma previdenciária. Entendendo que não há vinculação entre as situações, o Sinprosm reivindica a aplicação da Lei do Piso Nacional da Categoria na base da carreira. Atualmente, o salário básico para o primeiro nível e classe do plano de carreira do magistério municipal, correspondente ao texto da Lei 11.738/2008, está em R$ 1.651,70. O índice aplicado ao piso nacional em 2025 é de 6,27%, ficando estabelecido o mínimo de R$ 2.433,89 para professores com formação em nível médio. A data-base para a educação brasileira é janeiro de cada ano, enquanto que no município é o mês de março.