Em assembleia magistério municipal decide por paralisação em 13 de junho

Entre outras ações estão o boicote a atividades da SMED e formação de grupo de estudos sobre Previdência

Na noite desta quinta-feira, 29 de maio, o Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (Sinprosm) realizou Assembleia Geral Ordinária, na Escola Municipal de Aprendizagem Industrial (EMAI). A categoria debateu as condições de trabalho nas escolas, a situação salarial, a proposta de reforma da Previdência que deve ser apresentada pela prefeitura e a prestação de contas do exercício de 2024.

A insatisfação com o governo municipal ficou evidente em cada fala. A ausência de reajuste salarial — que deveria ter sido garantido desde janeiro, com base no Piso Nacional do Magistério — somada às péssimas condições de trabalho, falta de profissionais e estrutura precária nas escolas, compõem um cenário de desvalorização e desrespeito com a educação pública e seus profissionais.

Outro tema que mobilizou a assembleia foi a proposta de reforma da Previdência a ser apresentada pela gestão municipal nos próximos meses. A categoria manifestou preocupação com os impactos sobre suas aposentadorias e decidiu aprofundar o debate, com a realização de grupos de estudos sobre Previdência, que irão subsidiar uma plenária específica sobre o tema nas próximas semanas.

PROPOSTAS E DELIBERAÇÕES

Todas as propostas apresentadas pela plenária foram aprovadas por unanimidade, com destaque para a realização de uma paralisação geral dos professores municipais no dia 13 de junho, uma sexta-feira 13, sob o lema “Azar MESMO é ter um governo péssimo!”. A mobilização contará com um ato na Praça Saldanha Marinho, acompanhado de uma assembleia pública.

Além da paralisação, a assembleia aprovou também a formação de um grupo de estudos sobre Previdência, com o objetivo de aprofundar os debates e esclarecer os impactos que a proposta de reforma trará para os servidores, culminando em uma plenária específica sobre o tema. Outro encaminhamento importante foi o boicote a atividades propostas pela SMED.

INFORMES

Durante os informes, o advogado do sindicato, Giorgio Forgiarini, alertou sobre as tentativas de golpe que estão utilizando seu nome, sua foto e a logomarca do Sinprosm para enganar professores e professoras, usando dados pessoais dos profissionais. Giorgio orientou que ninguém forneça dados bancários, bloqueie os números que fazem contato e que, quem tiver sido abordado ou eventualmente vítima do golpe, registre imediatamente um Boletim de Ocorrência online no site da Polícia Civil do RS.

Também foi anunciada a realização da edição 2025 do Seminário Educação em Foco, que ocorrerá de forma online de agosto a novembro. Além disso, a assembleia também trouxe informações sobre o lançamento do novo aplicativo do Sinprosm, que visa fortalecer a comunicação com os sindicalizados, facilitar atualizações cadastrais e gerar carteirinhas digitais para uso nos convênios.

Para a coordenadora de Formação Sindical e Comunicação do Sinprosm, Celma Pietczak, o momento exige unidade, resistência e mobilização.

“A assembleia mostrou, mais uma vez, que a categoria não aceita esse pacote de maldades que está se desenhando num futuro muito próximo. Salário congelado sem reajuste, escola sucateada e reforma da Previdência que nos tire direitos não podem ser naturalizados. É hora de seguirmos juntos, firmes e mobilizados, para defender nossos direitos e a educação pública.”

O Sinprosm segue em estado de greve e convoca toda a categoria a se manter atenta às próximas mobilizações.

Texto e foto: Rodrigo Ricordi/Assessoria de Comunicação Sinprosm