“Não posso acenar”, diz Cezar Schirmer sobre reajuste salarial

A reunião entre o prefeito Cezar Schirmer e a coordenação do Sinprosm terminou sem sinalizações de um reajuste salarial em direção ao patamar do Piso Nacional. No encontro, que ocorreu no começo da noite de ontem, o sindicato manifestou preocupação com sucessivos reajustes não cumpridos – e que distanciam cada vez mais o magistério do mínimo definido por lei. Atualmente, após a reposição salarial de 10,67% concedida no final de março – que representa o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2015 –, os professores do município ainda ganham salários 6,84% abaixo do Piso.

Na negociação, que teve também a presença do vereador Cezar Gehm (PMDB), líder da bancada governista no Legislativo, o prefeito atribuiu à crise econômica pela qual passa o país, e que afeta também o orçamento municipal, a impossibilidade de reajustar o salário do magistério. Ele afirmou que “não adianta dar aumento agora se depois não puder pagar a folha”, e que, sobre os efeitos da economia nas contas municipais, “o quadro é desalentador e a perspectiva é ruim”. Schirmer disse que não se reuniu com categoria antes porque “não poderia recebê-los sem ter uma resposta” – e prometeu encontrar o sindicato novamente no mês de julho, quando, segundo ele, a situação econômica da prefeitura pode ser outra.

Sobre a solução para o plano de saúde dos municipários – que não era a pauta principal do encontro, mas foi também citada pelas sindicalistas – Schirmer prometeu marcar um encontro exclusivo sobre o tema em breve. A respeito do repasse da Contribuição Sindical compulsória de 2015, que ainda está depositada em juízo, será agendada uma reunião com a Secretaria de Município de Finanças – o Sinprosm já enviou ofício para a secretária Ana Beatriz Maia Rodrigues de Barros.

A categoria decidirá, nesta quinta-feira, em assembleia, quais estratégias adotará para reivindicar o reajuste. O evento acontece às 17h, no Clube Comercial.

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