Beatriz Lopes Pontes: A força da mulher

Ser mulher é…

Superar-se, dia após dia, em uma sociedade machista que relega à mulher a categoria de subalternidade. É rebelar-se contra a condição de marginalizada.

É fazer brotar rosas em meio a um terreno pedregoso e infértil. É sobressair-se, mesmo sobre os rugidos daqueles que a querem a ver acuada, sem condições de lutar por dias melhores.

É trilhar caminhos, por vezes tortuosos, com a certeza de que no final a celebração será regada a champanhe e caviar travestida de água com um pouco de guisado de segunda (isso se estiver no ofertaço do dia).

É encontrar uma luz no fim do túnel, onde as guerras e os preconceitos sejam extirpados da sociedade, reverberando a pedagogia da paz.

É, por meio da singeleza, encontrar arestas para que a dureza da vida seja equacionada pelo amor e pela empatia. É, na linha tênue que determina o bem e o mal, encontrar saídas para superar obstáculos e, então, ser feliz.

É controlar as agruras de um mundo predominantemente machista com a garra de quem veio ao mundo para protagonizar a sua existência; com perspicácia e sutileza encontrar motivos para sorrir, mesmo que o pranto tente sufocá-lo.

Não é de valde que se diz que por trás de um grande homem há uma grande mulher. Me atrevo a dizer que, à frente de um grande homem, está uma heroína chamada mulher; é este ser que, com sua beleza interior, leveza, sensualidade, força e poder, é capaz de destruir impérios e reconstruí-los com a singeleza de seu poder.

A todas as mulheres, anônimas ou famosas, jamais nos curvamos de deixar de acreditar na força de sermos mulheres. Que este empoderamento nos leve a esperançar uma sociedade mais justa e igualitária, carimbando o passaporte para as gerações vindouras. Ser mulher é carregar no seu íntimo a sensibilidade de uma flor, a sapiência de uma mestre e a força de uma guerreira!